sábado, 28 de setembro de 2013

A importância da leitura

Nove dicas para incentivar e ensinar as crianças a lerem -


Nove dicas para incentivar e ensinar as crianças a lerem

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A coisa mais simples e também a mais importante que os adultos podem fazer para ajudar as crianças na fase da Pré ou Alfabetização, a criarem o hábito de buscarem o conhecimento do qual elas irão precisar, para serem bem sucedidas na vida pessoal e profissional, é simplesmente ler alto para elas, começando com isto desde cedo.
A habilidade para ler e entender o que está escrito capacita as crianças a serem auto suficientes, a serem melhores estudantes, mais confiantes, levando-as desse modo às melhores oportunidades na vida profissional e a uma vida mais divertida, tranquila e agradável.

Veja a seguir, As Nove Pequenas Coisas que os Pais, Avós, Professores e outros parentes, dispostos a ajudar, podem fazer para auxiliar seus pequenos a aprenderem e a criar neles o gosto pela leitura.

1. Leia em Voz Alta, para seu filho diáriamente. Do nascimento até os seis meses, ele provávelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo.
A idéia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.

2. Para começar, use Livros Ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler. Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem - que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.

3. Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia. "Veja este desenho de macaco. Você lembra do macaco que vimos no
Circo?"

4. Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.

5. Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então começe a desenvolver o hábito de brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: "Vamos descobrir o que isto significa?"

6. Faça com que Materiais de Escrever, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc, estejam sempre disponíveis e a vista de todos.

7. Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.

8. Visite com frequencia uma Biblioteca. Começe fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros da biblioteca. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.

9. Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.
Fonte:U.S. Department of Education/Helping Your Child Get Ready For School series

A Importância da Leitura na Vida das Pessoas - Danilo Leonardi

A Importância de Ler Histórias às Crianças

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quincas Borba - Machado de Assis


Terminei, semana passada, de ler o livro Quincas Borba do Machado de Assis e estava juntando certa coragem para escrever um post a respeito do livro. Afinal, escrever sobre um livro do Machado de Assis é bem complicado pois é um livro clássico da literatura brasileira e muitos estudos já foram feito a respeito da na obra do autor e qualquer coisa que se diga pode parecer pouco, insuficiente.
Mas, como o objetivo do blog não é fazer um estudo literário sobre livros e autores, mas sim, postar comentários sobre as minhas impressões a respeito da leitura: vamos à obra!!!
EU SIMPLESMENTE ADOREI O LIVRO!!!!!
Discordo sobre  o resumo que muitos fazem a respeito da obra simplesmente transformando o Palha e a Sofia em pessoas que tinham o único objetivo se aproveitar o máximo possível do Rubião. Não concordo porque a situação é bem mais complexa. Eles se aproveitam? Sim, se aproveitam. Mas o Palha tentou várias vezes trazer o Rubião à razão sobre os gastos excessivos, mas não houve jeito.
Entretanto, o livro nos traz muitos ensinamentos importantes. A relação de Rubião com os "amigos" e seguidores da sua "filosofia". Na minha opinião essas pessoas se aproveitaram mais do Rubião do que o Palha e a Sofia.
Outra coisa que eu senti foi a semelhança com D. Quixote na hora que ele tinha seus delírios.
Enfim, o livro traz situações de muita comicidade e situações de muita tragédia.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O ROMANCE TRAGICÔMICO DE MACHADO DE ASSIS - Ronaldes de Melo e Souza - UFRJ

Estou fazendo uma pesquisa para fundamentar melhor meu post sobre Quincas Borba. Encontrei esse artigo que bate muito com meu ponto de vista:

A originalidade do romance machadiano no contexto da literatura nacional e internacional, eis a tese que se pretende demonstrar através da elucidação hermenêutica da estrutura conjuntiva e coesa da forma dramática e da mundividência tragicômica. A concepção machadiana do romance como drama de caracteres se comprova na encenação dos personagens, que se nos apresentam como consciências cindidas em conflitos consigo mesmas e com os outros, e na auto-dramatização do narrador, que se compraz em representar os outros eus, e não o próprio eu. A originalidade do narrador machadiano consiste em atuar como ator dramático, que assume e finge todo gênero de caracteres, desempenhando diferentes papéis, articulando uma alternância vertiginosa de perspectivas ou máscaras narrativas, modulando vários pontos de vista, sempre recusando a inflexão inercial de se imobilizar na representação doutrinária de um só papel, na adoção monológica de uma visão de mundo pretensamente normativa.  O narrador que finge múltiplas vozes ou que realiza a mimesis de várias atitudes nada tem de volúvel. Pelo contrário, cumpre a sublime função dramática de legítimo mediador dos sentidos culturalmente consentidos pelos diversos estratos sociais da comunidade histórica. Exemplo extremo e sério da representação da alteridade, o narrador singularizado como fingidor representa a disputa das ideologias em luta, e não o primado epistemológico de uma ideologia em particular. Além da mobilidade dos gestos e dos atos do narrador multiperspectivado, a originalidade do romance machadiano também se verifica na mundividência tragicômica do Satyrikon dionisíaco, que subage na urdidura poética dos dramas de Eurípides e Shakespeare. A reversa harmonia da tragédia e da comédia, poematizada por William Shakespeare sob a forma do drama e por Machado de Assis sob a forma do romance, constitui o testemunho eloqüente da perenidade do Satyrikon do deus do duplo domínio da luz e da treva, do bem e do mal, da vida e da morte. O drama encenado pelo narrador machadiano se notabiliza como tragicômico, na acepção originalíssima da mundividência dionisíaca, e não somente no sentido secundário da fusão do trágico e do cômico. A fim de demonstrar a tese proposta, necessário se torna elucidar a origem dionisíaca do drama tragicômico e a sua vigência no romance Quincas Borba .

Texto Integral: http://www.letras.ufrj.br/posverna/docentes/61076-2.pdf





domingo, 1 de setembro de 2013

Sim, eu li a trilogia "50 tons de cinza"

Sim, eu li a trilogia "50 tons de cinza"


Após uma amiga me indicar os livros e enviar o pdf para o meu e-mail, eu li cada um dos livros. E os li em menos de uma semana. Talvez o que eu possa dizer sobre a triologia seja apenas a impressão que tive. Na verdade, não li o livro original, mas sim um arquivo em pdf cuja tradução não foi das melhores, havia algumas lacunas. Mas enfim, vamos ao cometário.


Minha opinião resumida:


Não sei como a autora do Crepúsculo não acusou a autora do Tons de Cinza de plágio. Na verdade, creio que li em algum artigo que a autora de Tons de cinza se inspirou de fato em Crepúsculo. O problema é que todos os elementos centrais da trama são os da série Crepúsculo. Eu já não sou a maior fã de Crepúsculo, acho meio parado, superficial. E na minha opinião, tanto Tons de Cinza quanto Crepúsculo pecam no mesmo aspecto: a ação é em câmera lenta. Ou seja, mesmo quando as autoras tentam enredar em uma cena de grande ação, a situação fica meio monótona.

Daí pode vir a pergunta: e por que você leu os três, por que não parou no primeiro já que era ruim?
Bem, geralmente o livro sendo o máximo ou sendo meio fraquinho eu quero terminar (devorar) a história inteira. Ou seja, eu sou um pouco ansiosa e quando começo não quero mais largar. Para que minha opinião fique expressa de forma mais exata, quando adolescente eu li muita Julia, Bianca e Sabrina e eu gostava, porque era o que eu tinha acesso. Então, poríamos comparar a esses livros. Como a Juliana Gervason falou em um dos seus vídeos: existe literatura pipoca e literatura macarrão italiano!!!!

Além disso, creio que a Juliana Gervason foi muito feliz no seu cometário sobre os Tons de Cinza. Então, abaixo, segue o post que ela fez sobre a trilogia em questão, à qual eu assino em baixo, sem tirar nem por.


Cinquenta tons de cinza e o conto de fadas moderno

Quem nunca se perguntou o que fizeramCinderela e o Príncipe, depois de casados, que atire a primeira edição do livro Cinquenta tons de cinza!

Porque desde que conto de fada é conto de fada que existe a piadinha do pós casamento, certo?

E o mérito da senhora E. L. James foi ter ido um pouco além da pergunta e da piada!

Sim, já começo este texto avisando que o famoso e mal falado Fifty shades of Greynão é nada mais nada menos do que umconto de fadas pós moderno, com direito a final feliz, é claro.

A releitura dos contos de fadas faz parte da sociedade, desde sempre. Mas reler Branca de Neve e o Príncipe (Bela Adormecida e o  PríncipeRapunzel e o Príncipead infinitun e o príncipe) com toques de sadomasoquismo, talvez tenha sido mérito de James.

E sim, eu conheço as versões eróticas dos contos de fadas e não me refiro a elas, neste momento.

A questão toda é que a escritora inglesa trabalhou em cima do clichê mais clichê de todos: a princesa frágil e insegura, presa em seu castelo de vilões, apaixona-se pelo forte e belo príncipe que a salva com seu cavalo branco e a leva para um castelo encantado onde serão felizes para sempre.

Acrescentando-se aí a seguinte alteração: a princesa frágil, inteligente e insegura, presa em seu castelo de dúvidas amorosas e profissionais, apaixona-se pelo forte, belo e rico príncipe que a salva com seu audi conversível e a leva para um apartamento encantado onde serão felizesfazendo sexo para sempre.

Pronto. Algumas palavrinhas mágicas e o conto de fadas está revisitado.

Com direito, sim é claro, à cenas de sexo selvagem pra Emannuele nenhuma botar defeito. [você só entenderá minha piada se tiver mais de 25 anos, desculpe]

E que mal há nisso, perguntam os menos castos?
Eu já respondo de prontidão: mal nenhum, mesmo. A historinha apimentada entre Anastacia e Christian não revela nenhum mérito literário, não transgride nenhuma norma acadêmica, não acrescenta nenhuma mudança para a história da literatura. Fala-se de sexo como antigamente falava-se de amor.

E sim, antigamente amor e sexo estavam terminantemente proibidos de frequentar o mesmo espaço, o mesmo casal, a mesma história. O conto da Bela Adormecida não representa nenhum aspecto erótico porque, dadas as proporções históricas, um homem de verdade jamais, em hipótese alguma, faria sexo com sua amada - ainda mais se ele fosse um belo príncipe encantado. Um cavalheiro digno de apreciação pelas donzelas leitoras de antigamente buscaria o sexo fora de casa. E aí da Adormecida se resolvesse acordar na cama: inquisição para ela e todas as outras bruxas que demonstrassem qualquer tipo (eu disse qualquer mesmo) de interesse em sexo! 

Mas Anastacia pode. Claro que pode! Afinal, as feministas lutaram muito durante os últimos anos e o voto não foi a única conquista que alcançaram!
O que Anastacia não pode, ainda, é trocar de lugar com Christian. Ele domina, ela obedece! As feministas irão bradar com essa frase, eu sei - sou feminista, ora pois. Mas sabemos que para Anastacia dominar e Christian ser o dominado há ainda que se queimar muito soutian por aí... ô se há!

Nem as mulheres e nem os homens desta nossa falsa pós modernidade estão preparados para a reversão dos papeis literários. Que a princesa continue esperando o príncipe, ainda que seja na cama, é a regra do século. E ai dela se resolver descer do dossel e colocar a mão no chicote. Se E. L. James tivesse feito isso, se tivesse revertido os papeis, teria sentido o verdadeiro gosto do fracasso.

Caminhamos um passo e é isso o que vejo. O livro e toda a sua receita pré estabelecida - e estabilizada - de chick lit + porn vendeu muito e vai continuar vendendo. Não é bem escrito - e tão pouco bem traduzido -, não guarda nenhuma característica literária da qual possamos nos orgulhar na posteridade, não possui mérito algum que não seja o corajoso feito de colocar Cinderela e o Príncipe na cama: sussurrando e gemendo ao bel prazer do leitor!